O ATEÍSMO E O CÉREBRO EM UMA CUBA - JADISON BARBOSA
O "cérebro em uma cuba" é um experimento mental criado pelo filósofo da mente e da ciência
Hilary Putnam frequentemente utilizado em debates filosóficos sobre o ceticismo e a natureza da realidade. A ideia central é imaginar que um cérebro humano foi removido do corpo e colocado em uma cuba cheia de fluido nutritivo que mantém o cérebro vivo. Os neurônios desse cérebro seriam então conectados a um supercomputador que simula perfeitamente experiências sensoriais, fazendo o cérebro acreditar que está vivendo uma vida normal.
Esse cenário é usado para questionar como podemos ter certeza de que nossas percepções do mundo são reais e não meras simulações criadas por um computador. É uma versão moderna do argumento do filósofo René Descartes sobre o "gênio maligno" e está relacionada a discussões sobre a possibilidade de vivermos em uma simulação, como popularizado pelo filme "Matrix".
Aplicando o cenário do cérebro em uma cuba, será que, se o ateísmo fosse verdadeiro, seria ao menos possível alguém saber que não é um cérebro em uma cuba sendo enganado por uma "realidade" ilusória?
Ora, se não existe um Ser amoroso que nos criou e nos garante que existimos, é possível acreditar que o cérebro de alguém possa estar em uma cuba e tenha sido ligado a um supercomputador que faz com que a pessoa a quem o cérebro pertence, durante a sua vida esteja sendo enganada sobre a realidade externa que ela acredita. Se o cérebro de alguém estiver em uma cuba em algum lugar do universo, como a pessoa saberia? Ninguém conhece todo o universo, e ainda que para pessoa pareça haver pessoas, objetos, paredes, ruas, etc., tudo isso que ela está experimentando em uma suposta realidade, seria o resultado de impulsos eletrônicos produzidos pelo computador ligado ao cérebro em uma cuba criando uma projeção para engana-la.
Se o ateísmo fosse verdadeiro, o solipsismo seria um cenário real, pois quem é que daria a certeza sobre a realidade externa? Outras pessoas? Mas quem é garante que essas outras pessoas não são uma projeção do cérebro na cuba? Talvez alguém pense, as pessoas concordam que existem. Mas entra outra questão, quem é que garante que essa concordância não é um resultado da projeção do cérebro na cuba também?
Entenda, não há como ter certeza sobre a realidade externa em uma visão ateísta; somente dada a existência de um Ser amoroso, onisciente e criador podemos ter certeza de que existimos e não estamos sendo enganados sobre a realidade externa.
Como um apologista pressuposicionalista, afirmo que o naturalismo é fundamentalmente incapaz de justificar nossa crença na realidade externa à mente. O naturalista pressupõe a existência de um mundo externo independente da mente, mas não pode justificar essa crença dentro de sua própria cosmovisão materialista. Se todo o nosso conhecimento é mediado por nossas experiências sensoriais e processos cognitivos, como o naturalista pode ter certeza de que existe um mundo "lá fora" correspondendo a essas experiências? O naturalismo, comprometido com uma epistemologia empírica, não tem recursos para escapar do solipsismo ou do idealismo.
O naturalista enfrenta um dilema: ou admite que não pode ter certeza da existência de uma realidade externa, minando assim toda a empreitada científica e seu próprio materialismo, ou pressupõe arbitrariamente a existência do mundo externo, contradizendo seu compromisso com o empirismo estrito.
Em contraste, o teísmo cristão fornece um fundamento sólido para nossa crença na realidade externa. O mundo existe independentemente de nossas mentes porque foi criado por Deus, e podemos conhecê-lo porque Deus nos criou com a capacidade de interagir com e compreender Sua criação.
Um derrotador crucial para o naturalismo é o seguinte: Se o naturalismo fosse verdadeiro, não teríamos justificativa para acreditar no realismo científico, a visão de que nossas melhores teorias científicas descrevem aproximadamente a realidade. Como o naturalista justifica sua confiança de que a ciência nos dá conhecimento sobre um mundo real e independente da mente?
Como apologista pressuposicionalista, desafio o naturalista: Como você supera o problema do ceticismo radical sobre o mundo externo sem pressupor a existência de Deus? Como justifica sua crença na realidade independente dos objetos científicos inobserváveis?
O naturalismo, portanto, é incapaz de fornecer as precondições necessárias para nossa crença justificada na realidade externa. Apenas o teísmo cristão oferece um fundamento coerente para nosso conhecimento do mundo além de nossas próprias mentes.
- JADISON BARBOSA
Sugestão de vídeo!
Olá Jadison, tudo bem? Boa defesa da fé cristã! Poderia ver as objeções ateístas desse site?
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